quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Estratégias energéticas(1)


Até o século XVIII, a evolução do consumo e o aprimoramento de novas tecnologias de geração de energia foram lentos e descontínuos.
A Revolução Industrial alterou substancialmente esse panorama. Os ciclos iniciais de inovação tecnológica da economia industrial foram marcados pela incorporação de novas fontes de energia: assim, o pioneiro ciclo hidráulico foi sucedido pelo ciclo do carvão, que por sua vez cedeu lugar ao ciclo do petróleo.
A primeira usina de eletricidade do mundo surgiu em Londres, em 1881, e a segunda em Nova Iorque, no mesmo ano. Ambas forneciam energia para a iluminação.
Atualmente, os recursos energéticos mais utilizados no mundo são o carvão, o petróleo e o gás natural, a água e os minerais radioativos: juntos, eles correspondem à cerca de 90% do consumo energético mundial.

 A utilização de qualquer um deles acarreta danos ambientais. As fontes de energia limpas e renováveis, tais como a energia solar, eólica e a geotérmica, ainda constituem parcelas desprezíveis no balanço mundial, em que pese os grandes investimentos em pesquisa realizados para torná-las mais eficientes e menos caras.
A queima do petróleo, do carvão e, em menor escala, do gás natural, libera gases poluentes na atmosfera, como os gases estufa (gases que aumentam a retenção de calor na atmosfera).
Por exemplo, o transporte marítimo do petróleo é uma atividade potencialmente impactante devido aos riscos de vazamento. Os impactos ambientais provocados pela exploração das grandes minas carboníferas devasta a cobertura vegetal. As grandes usinas hidrelétricas exigem a inundação de vastas áreas, causando alterações nos ecossistemas.
A energia nuclear gera resíduos altamente contamináveis, em caso de acidentes; como o de Fukushima, em que ocorreu um terremoto (4° maior da história) e tsunamis que atingiram a central nuclear Fukushima Daiichi, liberando assim, partículas radiotivas na atmosfera.
“A desmontagem da usina nuclear de Fukushima Daiichi deve levar de três a quatro décadas, disse o governo japonês nesta quarta-feira (21), ao divulgar planos para a próxima fase da enorme e custosa operação de limpeza no complexo atômico devastado por um tsunami em março. Pelo "mapa" divulgado nesta quarta, o próximo passo, ao longo de dois anos, será a retirada do combustível gasto que está dentro da usina. Depois, haverá a remoção de restos de combustível fundido dos reatores danificados - mas isso deve começar só daqui a dez anos. O plano do governo alerta que ainda é preciso desenvolver todas as tecnologias necessárias para que a usina possa ser desmontada num prazo de 30 a 40 anos.”
Certas correntes de pensamento ambientalista sustentam que despoluir o planeta implica diminuir a utilização destes recursos, ou, pelo menos, mantê-la em níveis próximos aos atuais. Entretanto, os níveis de consumo vigentes nos países ricos são muitas vezes superiores aos dos países pobres. Assim, os patamares atuais excluem grande parte da humanidade não apenas da condição de poluidores, mas do consumo de bens e serviços considerados essenciais, e que precisam de energia para ser produzidos e distribuídos. Por isso, outra correntes defendem que a solução mais correta seria a adoção de padrões de consumo compatíveis com a sustentabilidade ambiental nos países ricos.

Referências:
  •      FUKUSHIMA Disponível em: <http://g1.globo.com/mundo/noticia/2011/12/desmontagem-de-fukushima-levara-ate-40-anos-diz-governo-japones-1.html>. Acesso em: 21 dez. 2011.
  •      ESTRATÉGIAS energéticas In: MAGNOLI, Demétrio; ARAÚJO, Regina. Geografia Geral e do Brasil: A construção do mundo. São Paulo: Moderna, 2005. Cap. 10, p. 167-169.

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