segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Direitos Humanos


“Os Direitos Humanos têm um pressuposto que é o de
reconhecer que aquilo que consideramos indispensável
para nós é também para o próximo. Reconhecer esse
postulado nos leva a outras dificuldades: definir quais
bens materiais e simbólicos são indispensáveis a nós e
aos outros, ou ainda, a todos os seres humanos. [...]
A distinção entre ‘bens compreensíveis’, como os cosméticos, os enfeites, roupas extras, e bens incompreensíveis, como o alimento, a casa, a roupa, não é suficiente para criarmos critérios sobre quais direitos são essenciais. Poderíamos ampliar o entendimento dos bens
incompreensíveis que não seriam apenas aqueles que
asseguram a sobrevivência física em níveis decentes,
mas também os que garantem a integridade espiritual.
Desse modo, seriam bens incompreensíveis a alimentação, a moradia, o vestuário, a instrução, a saúde, a
liberdade individual, o amparo da justiça pública, a resistência à opressão, e, também, o direito à crença, à
opinião, ao lazer e, por que não, à arte e à literatura.”

(CANDIDO, A. Direitos humanos e Literatura. Disponível em:
http://www.dhnet.org.br/direitos/textos/textos_dh/literatura.html.
Acesso em: 07 jul. 2007.)

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