Até o século XVIII, a
evolução do consumo e o aprimoramento de novas tecnologias de geração de
energia foram lentos e descontínuos.
A Revolução Industrial
alterou substancialmente esse panorama. Os ciclos iniciais de inovação tecnológica
da economia industrial foram marcados pela incorporação de novas fontes de
energia: assim, o pioneiro ciclo hidráulico
foi sucedido pelo ciclo do carvão,
que por sua vez cedeu lugar ao ciclo do
petróleo.
A primeira usina de eletricidade
do mundo surgiu em Londres, em 1881, e a segunda em Nova Iorque, no mesmo ano.
Ambas forneciam energia para a iluminação.
Atualmente, os recursos
energéticos mais utilizados no mundo são o carvão, o petróleo e o gás natural,
a água e os minerais radioativos: juntos, eles correspondem à cerca de 90% do
consumo energético mundial.
A utilização de qualquer um deles acarreta
danos ambientais. As fontes de energia limpas e renováveis, tais como a energia
solar, eólica e a geotérmica, ainda constituem parcelas desprezíveis no balanço
mundial, em que pese os grandes investimentos em pesquisa realizados para torná-las
mais eficientes e menos caras.
A queima do petróleo, do
carvão e, em menor escala, do gás natural, libera gases poluentes na atmosfera,
como os gases estufa (gases que
aumentam a retenção de calor na atmosfera).
Por exemplo, o transporte
marítimo do petróleo é uma atividade potencialmente impactante devido aos
riscos de vazamento. Os impactos ambientais provocados pela exploração das
grandes minas carboníferas devasta a cobertura vegetal. As grandes usinas
hidrelétricas exigem a inundação de vastas áreas, causando alterações nos
ecossistemas.
A energia nuclear gera
resíduos altamente contamináveis, em caso de acidentes; como o de Fukushima, em
que ocorreu um terremoto (4° maior da história) e tsunamis que atingiram a
central nuclear Fukushima Daiichi, liberando assim, partículas radiotivas na
atmosfera.
“A
desmontagem da usina nuclear de Fukushima Daiichi deve levar de três a quatro
décadas, disse o governo japonês nesta quarta-feira (21), ao divulgar planos
para a próxima fase da enorme e custosa operação de limpeza no complexo atômico
devastado por um tsunami em março. Pelo "mapa" divulgado nesta
quarta, o próximo passo, ao longo de dois anos, será a retirada do combustível
gasto que está dentro da usina. Depois, haverá a remoção de restos de
combustível fundido dos reatores danificados - mas isso deve começar só daqui a
dez anos. O plano do governo alerta que ainda é preciso desenvolver todas as
tecnologias necessárias para que a usina possa ser desmontada num prazo de 30 a
40 anos.”
Certas correntes de
pensamento ambientalista sustentam que despoluir o planeta implica diminuir a
utilização destes recursos, ou, pelo menos, mantê-la em níveis próximos aos
atuais. Entretanto, os níveis de consumo vigentes nos países ricos são muitas
vezes superiores aos dos países pobres. Assim, os patamares atuais excluem
grande parte da humanidade não apenas da condição de poluidores, mas do consumo
de bens e serviços considerados essenciais, e que precisam de energia para ser
produzidos e distribuídos. Por isso, outra correntes defendem que a solução
mais correta seria a adoção de padrões de consumo compatíveis com a
sustentabilidade ambiental nos países ricos.
Referências:
- FUKUSHIMA Disponível em: <http://g1.globo.com/mundo/noticia/2011/12/desmontagem-de-fukushima-levara-ate-40-anos-diz-governo-japones-1.html>. Acesso em: 21 dez. 2011.
- ESTRATÉGIAS energéticas In: MAGNOLI, Demétrio; ARAÚJO, Regina. Geografia Geral e do Brasil: A construção do mundo. São Paulo: Moderna, 2005. Cap. 10, p. 167-169.